Fundo DI: conheça esta modalidade de investimento!

O que é um fundo DI?

Para entender o que é um fundo DI, é fundamental que você conheça os fundos de investimento. Eles são uma modalidade do mercado financeiro que permite o acesso indireto ao mercado financeiro. Por meio de aportes no fundo, o investidor entra numa estrutura como a de um condomínio.

Eles são lançados ao público com uma estratégia, gestão de recursos e administração definidas. Assim, os interessados em participar podem adquirir cotas que representam uma fração ideal do patrimônio do fundo.

Logo, ao ter as cotas em sua carteira, os investidores conseguem se expor aos movimentos do patrimônio do fundo, movimentos esses que são resultado dos ativos em que o gestor do fundo aloca tais recursos. Quando desejarem, os investidores podem fazer o resgate da participação de acordo com as regras.

Existem diversos tipos de fundos de investimento no mercado, que variam de acordo com seu portfólio e estratégias. Entre os mais conhecidos estão os fundos imobiliários, os fundos de ações e os fundos multimercado, mas há muitos outros.

Compreendendo isso, você pode saber que os fundos DI são fundos de renda fixa cujo portfólio é composto, majoritariamente, por títulos públicos pós-fixados. Os exemplos mais comuns são títulos indexados à Selic, que acompanha a variação da taxa básica de juros brasileira.

Assim como em outros fundos de investimento, o fundo DI é gerido por um gestor profissional. Ele tem a missão de tomar as decisões de alocação dos recursos do fundo, sempre respeitando as regras estabelecidas para a modalidade.

Entenda como funcionam fundos DI

Os fundos DI são fundos de investimentos abertos. Você sabe o que isso significa? No mercado, existem fundos abertos e fechados. No primeiro caso, significa que a comercialização de cotas é feita livremente. Ou seja, o fundo está sempre aberto para compras ou vendas.

Desse modo, os cotistas podem aumentar sua participação a qualquer momento, comprando mais cotas diretamente. Assim, eles aportam valores no fundo e isso aumenta o patrimônio. Também é possível pedir o resgate das cotas quando desejar, segundo as regras de liquidação.

Já nos fundos fechados essa liberdade não existe. Eles estão normalmente indisponíveis para novas compras, a não ser em momentos específicos em que abrem para captação. Além disso, podem ficar indisponíveis para resgate — dependendo das regras apresentadas.

Nesse caso, fora do período de captação, não há como adquirir cotas. E em muitos fundos também não é possível fazer resgates antes do término do prazo. Já em fundos negociados na bolsa de valores, as cotas podem ser comercializadas no mercado secundário.

Essa comercialização ocorre entre investidores, e não envolve resgate ou aplicação no patrimônio do fundo. Em relação aos fundos DI, eles são abertos e negociados fora da bolsa. Com isso, podem ter suas cotas adquiridas em plataformas de bancos de investimentos a qualquer momento.

Tipos de fundo DI

Os fundos DI podem ser classificados de acordo com o tipo de emissor preponderante dos títulos que compõem sua carteira. Nesse sentido, existem os que investem majoritariamente em títulos emitidos pelo Governo Federal.

Também há os que alocam recursos em títulos emitidos por instituições privadas, como bancos e empresas. Assim, é importante que o investidor saiba identificar se determinado fundo DI investe sua carteira majoritariamente em títulos públicos ou em títulos privados.

Nesse sentido, é válido observar que o regulamento de um fundo DI pode permitir que o gestor aloque mais do que 50% do patrimônio em títulos de emissão privada. Mas, nesse caso, ele obrigatoriamente terá que incluir o termo “crédito privado” no seu próprio nome.

Quais os custos envolvidos?

Todo investidor que decide investir por meio de um fundo de investimento deve pagar uma taxa de administração. Ela é responsável por remunerar o gestor e cobrir os custos operacionais da equipe.

Para quem investe nos fundos DI é imprescindível ter atenção a essa taxa. Como os seus objetivos são entregar uma rentabilidade próxima ao CDI (Certificados de Depósitos Interbancários), o impacto da taxa afeta diretamente a rentabilidade.

Portanto, fique atento às taxas mais elevadas, normalmente praticadas em bancos de varejo. Nesses casos, pode ser que sua rentabilidade seja bem inferior a de outros investidores que investem em fundo DI de baixas taxas de administração.

Na plataforma do BTG Pactual, por exemplo, existem dois fundos DI de baixíssimo custo:

  • O fundo BTG Pactual Digital Tesouro Selic Simples — que investe todo o seu patrimônio no título público Tesouro Selic e que foi o primeiro fundo do mercado brasileiro a zerar sua taxa de administração para investidores;
  • O fundo BTG Pactual Yield Di Referenciado Crédito Privado — que investe seu patrimônio preponderantemente em títulos de emissão privada e que possui uma taxa de administração bastante reduzida.

Sobre a tributação, os fundos DI seguem a tabela regressiva de Imposto de Renda, que varia de 22,5% a 15% do rendimento. Essa regressão depende do prazo do aporte e seu pagamento é realizado no momento do resgate da aplicação.

Para investimentos com resgate em um período inferior a 30 dias também é cobrado o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A alíquota sobre o rendimento do valor investido é cobrada de forma regressiva até o 30º dia do investimento e varia de 96% a 3%.

E a rentabilidade de um fundo DI?

Outra informação importante sobre o assunto diz respeito ao benchmark. Ele é um parâmetro que serve como objetivo de rentabilidade do fundo. Nesse caso, o índice utilizado é a taxa DI, que diz respeito aos depósitos interbancários.

Esses juros são utilizados para empréstimos de curtíssimo prazo entre duas instituições financeiras. Dessa maneira, órgãos oficiais os calculam e divulgam ao público. A taxa DI costuma ser muito próxima da Selic, acompanhando a inflação e a taxa básica de juros brasileira.

Contudo, é importante entender que um benchmark não é uma garantia de rentabilidade. No entanto, como o portfólio é composto por títulos de renda fixa que são bastante previsíveis, os resultados costumam acompanhar o parâmetro.

Quais os riscos de um fundo DI?

Os fundos DI são considerados seguros, principalmente devido ao seu portfólio majoritariamente composto por títulos de renda fixa. Ainda assim, há riscos envolvidos no investimento nesses veículos financeiros.

Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que os fundos DI não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Para investidores iniciantes, a ausência de proteção do FGC pode gerar dúvidas e uma sensação de risco superior.

No entanto, é preciso considerar outras formas de proteção, como a diversificação da carteira do fundo. Dessa maneira, alocando o patrimônio em títulos de diferentes instituições, o risco de crédito é diluído.

É preciso ressaltar, também, que mesmo a falência da gestora responsável por administrar o fundo não significa a perda do capital. Lembre-se de que o dinheiro aportado no fundo permanecerá seguro, pois ele não se mistura com o capital da instituição que faz sua gestão.

Fundo DI é melhor do que outros investimentos?

Depois de conhecer esses detalhes sobre o fundo DI é comum se perguntar se ele é melhor que outras opções de renda fixa. Primeiro, é preciso entender que não existe melhor investimento — cada pessoa deve considerar seus objetivos e seu perfil para montar sua carteira.

Contudo, é possível compará-lo a alternativas comuns do mercado para delimitar algumas diferenças importantes. Veja só:

Poupança

A poupança é um dos investimentos em renda fixa mais comum entre os brasileiros. Isso acontece, principalmente, pela tradição e facilidade. Afinal, muitas pessoas têm conta em bancos tradicionais e fazem poupança junto à conta corrente.

Para avaliar a aplicação, é preciso entender que o rendimento da poupança é calculado conforme a Selic. Quando ela está em 8,5% ou menos, a poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial. No caso, a TR apresenta resultados nulos desde 2017.

Já quando a Selic está acima de 8,5%, a poupança rende 0,5% ao mês mais a TR. Dessa maneira, a rentabilidade não é muito atrativa e em diversos momentos o investimento não acompanha a inflação. Por isso, trazendo perdas financeiras para os investidores.

Em comparação com a poupança, os fundos DI podem ser uma alternativa interessante, tendo em vista que serão pautados nos resultados do CDI. Logo, quem busca segurança e facilidade pode considerar essa opção.

CDB

Os certificados de depósitos bancários (CDB) são títulos de renda fixa emitidos por bancos. Eles representam uma dívida e o investidor interessado pode fazer a aplicação. Então ele receberá uma rentabilidade de lógica já conhecida previamente.

Há grande diversidade de CDBs no mercado, então as taxas de rentabilidade, regras, prazo e outros detalhes variam. Como há essa diversificação, apesar de ser possível encontrar CDBs mais rentáveis, é preciso considerar outras características.

É válido lembrar que os fundos DI podem investir em CDBs dentro de sua carteira. Logo, os fundos podem ser uma alternativa que faz sentido para a sua estratégia, principalmente se você quiser fazer grandes aportes e acompanhar o benchmark.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a plataforma do Governo Federal para a comercialização de seus títulos públicos. Lá existem alternativas com rentabilidade prefixada, pós-fixada (ligada à Selic) e híbrida (ligada à inflação mais uma taxa de juros fixa).

Apesar de serem alternativas com alta segurança e previsibilidade, não há tantas opções em relação à diversidade. Dessa forma, é possível que o investidor não encontre um título com prazos ou com as características que procura.

Nesse sentido, os fundos DI também podem ser uma opção que traz mais versatilidade. Mas lembre-se de considerar suas características pessoais e objetivos em todas as situações, não se baseando apenas em rentabilidade.

Quando, então, vale a pena investir em fundo DI?

Como você viu, para entender quando vale a pena investir em um fundo DI é preciso considerar diversas questões. Também é fundamental entender as alternativas que mais se adequam às suas características.

Ou seja, considerando seus objetivos financeiros e perfil, quais produtos e veículos do mercado podem ajudar a alcançá-los? Nesse cenário, o fundo DI pode ser interessante para quem busca segurança, liquidez e tranquilidade.

Para que tipo de investidor este fundo é adequado?

Os fundos DI podem ser adequados especialmente para investidores conservadores. Além disso, outros perfis podem se interessar por diversificar seu portfólio de maneira simples e a custos mais baixos.

Isso porque eles contam com gestão e administração profissional para a escolha dos investimentos. Vale a pena ressaltar que muitos dos bons fundos DI do mercado permitem aplicações mínimas bastante reduzidas.

Desse modo, tornam-se muito mais acessíveis à maior parte dos investidores. Essa característica — somada à alta liquidez do investimento e à segurança dos fundos DI — pode fazer com que ele seja adequado para muitos investidores, principalmente em objetivos de curto prazo.

Como definir qual o melhor fundo DI para investir?

Agora você sabe que antes de fazer aportes em um fundo DI é fundamental conhecer seus objetivos pessoais. Ademais, é preciso pensar em prazos para cada uma de suas metas — além do seu perfil de investidor.

Se bem fundamentado, o aporte em fundos DI pode se tornar mais uma alternativa para diversificar os investimentos. Essa estratégia ajuda a diluir os riscos, trazer mais segurança e montar um portfólio cada vez mais sólido.

Descubra como começar a investir em fundo DI

Como você aprendeu, os fundos DI são de condomínio aberto. Então a compra de cotas pode ser feita a qualquer momento por meio da plataforma de um banco de investimentos que oferece esses veículos.

Portanto, o primeiro passo é abrir uma conta em um banco que possua um bom portfólio de fundos para escolha. Com mais alternativas, será mais fácil encontrar uma que seja adequada aos seus objetivos.

Também é preciso considerar o aporte mínimo, que costuma ser baixo, e as regras para o resgate. Nesse sentido, pode haver um prazo para que a aplicação seja liquidada — que costuma ser de poucos dias.

Como escolher a melhor instituição para realizar meus investimentos?

Para tomar decisões de investimentos mais adequadas e em linha com seus objetivos, você deve contar com uma boa plataforma digital e assessoria de investimentos gabaritada.

Com um banco de investimentos conceituado e com expertise comprovada, você terá mais segurança e tranquilidade. Dessa maneira, poderá fazer com que suas decisões sejam mais embasadas e façam sentido para o portfólio.

Conclusão

Você aprendeu que os fundos DI são um veículo de investimento da renda fixa que usa como parâmetro o CDI. Dessa forma, eles investem em títulos públicos ou privados e têm seu patrimônio administrado por um gestor profissional.

Assim, quem busca opções com mais segurança, gestão profissional e diversificação, pode considerar os fundos DI para a carteira. Para isso, lembre-se de pensar sobre objetivos, prazo e perfil, além de contar com um bom banco de investimentos.

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Fonte: btgpactualdigital


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